Me veio uma frase linda de Platão/Sócrates à cabeça agora:
"A eternidade da morte não me parece realmente mais longa que uma única noite de sono."
Faz a morte parecer linda, eu adoro dormir! E quando estamos dormindo, durante aquelas horas nós, para nós, simplesmente paramos de existir. É um descanso não só mental e corporal, mas também social, amoroso, e tudo o mais.
Essa ideia de parar de existir é muito apetitosa, porque se pudéssemos parar de existir por um tempo - uma semana, um dia que fosse! -, e não digo viajar, tirar férias, porque ainda assim temos que comer, e sorrir, e mijar, e atender telefone, e respirar, falar, escutar carro, escutar passarinho, respirar, sentir alegria, tristeza, e pensar! Durante esse momento de não existência nós não teríamos, nem seríamos nada, nós não pensaríamos nada! Claro, aí podemos acabar entrando um paradoxo, porque se paramos de sentir e pensar podemos considerar que quando voltássemos a existência seria como se nada tivesse acontecido, mas eu tou considerando que essa não existência descanse.
A morte deve nos dar isso - um descanso. Mas tem o defeito da eternidade. Essa eternidade me perturba demais, e esse deve ser o único defeito da morte. Acredito que quem se mata esquece de considerar que vai ser pra sempre, e pra sempre é muito tempo.
"A eternidade da morte não me parece realmente mais longa que uma única noite de sono."
Faz a morte parecer linda, eu adoro dormir! E quando estamos dormindo, durante aquelas horas nós, para nós, simplesmente paramos de existir. É um descanso não só mental e corporal, mas também social, amoroso, e tudo o mais.
Essa ideia de parar de existir é muito apetitosa, porque se pudéssemos parar de existir por um tempo - uma semana, um dia que fosse! -, e não digo viajar, tirar férias, porque ainda assim temos que comer, e sorrir, e mijar, e atender telefone, e respirar, falar, escutar carro, escutar passarinho, respirar, sentir alegria, tristeza, e pensar! Durante esse momento de não existência nós não teríamos, nem seríamos nada, nós não pensaríamos nada! Claro, aí podemos acabar entrando um paradoxo, porque se paramos de sentir e pensar podemos considerar que quando voltássemos a existência seria como se nada tivesse acontecido, mas eu tou considerando que essa não existência descanse.
A morte deve nos dar isso - um descanso. Mas tem o defeito da eternidade. Essa eternidade me perturba demais, e esse deve ser o único defeito da morte. Acredito que quem se mata esquece de considerar que vai ser pra sempre, e pra sempre é muito tempo.