Acordei e decidi não ir à aula, já que tá tendo o Festival de Inverno e elas não vão acontecer normalmente mesmo.
Vou verificar se o meu novo celular está com a bateria toda carregada, e me deparo com um celular sem bateria, e com um carregador, aparentemente não funcionando.
Troco de tomada. Ou melhor, tento trocar de tomada, pois ao tentar inserir aqueles minúsculos falos nos orifícis energéticos do objeto multi-esburacado em forma de um "T" gordinho, este decide se quebrar, deixando as partes de ferro, e portando perigosas, ainda penetradas na fonte mor de energia do meu quarto.
Já era a segunda coisa de ferro que ficava pendurada nesta mesma tomada.
Enfureci-me e decidi pegar algo de plástico para tentar arrancar essas coisas dali que estavam grudadas como cães pós coito.
BUM!
A minha coisa de plástico se revela com uma ponta de ferro explodindo a bendita fonte de energia do meu quarto, e isso enquanto eu falava com minha doce namorada ao telefone.
Telefone este que decide desligar justamente no momento da explosão. O ligo de novo, escrevo uma mensagem e, no momento do envio, ele decide desligar de novo.
Mas saibam que eu venho de uma linhagem muito nobre e inteligente. Meu famigerado pai ensinou-me certa vez que quando esses eletroeletrônicos travam, para os arrumar, nada melhor que uma bela pancada.
Foi o que eu fiz.
Joguei com a força que minha bendita paciência há muito esgoatada me permitiu, liguei o telefone de novo, e a sabedoria de meu grande pai se mostra verdadeira.

Hoje vai ser daqueles dias.