é inexplicável a força que faz querer desistir, e por isso se deve resistir. falta gosto, faltam motivos, falta simplesmente qualquer coisa que convença de ficar. como uma anemia forte ou uma depressão leve: preguiça, corpo mole, vista fraca, desinteresse, impaciência, sentir-se menor, incapaz. mas sempre há o que dê prazer e que pareça produtivo, no entanto parece insustentável. isso é mentira, não há nada que seja feito, que não precise ser feito e que seja capaz de sê-lo: qualquer um pode fazer qualquer coisa que seja capaz de ser feita; caso pareça impossível se fazer, inventam-se jeitos, e inventam-se erros até se acertar, porém é necessário que se tenha base para sustentar, e para manter - seja lá quem for - fazendo, errando, até se acertar e alimentar a base para se continuar vivendo do aparentemente insustentável. coisa muito difícil essa de conviver com gente desinteressante, de mundo clichê; ou pelo contrário, dificílimo se viver com quem vive do que se odeia. de onde vem os estímulos de quem gosta do insuportável?
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maio 2012
A mesa redonda, o vômito e a imbecilidade de quem já deveria estar morto.
Em baixo de uma foto sua, com os olhos caídos, mirando qualquer coisa, provavelmente de olhar desfocado, o braço jogado por cima da mesa de qualquer jeito, Roland Barthes assim define o tédio: a mesa redonda. Um espaço de debate, democrático, em que todo mundo, sentado lado a lado, tem igual hierarquia, com semelhante peso de argumentação, torna-se, então, sedutor à quem agrada opinar como se isso fosse discutir. Opiniões são como regugitos: sente-se uma vontade irresistível (por isso se tenta resistir) de fazê-lo, e assim que feito se sente um alívio, mas ainda com a sensação de que há mais o que ser vomitado. Assistindo essa cena grotesca, quem está a volta se comove e passa também se enojar, regugitar e opinar. Falam de si como se seu enjoô fosse melhor fundamentado, como se sua opinão tivesse base em doença mais grave. Vomita-se: "eu acho isso"; "com minha mãe aconteceu assim"; "acredito que seja melhor"; "pra mim isso é ruim". Mas se tem pena, então se encara esse esforço de falar de si como um apoio, uma permissão para possíveis erros. Pensam todos: "Que humilde, admite que é sua e somente sua opinião, pois não quer impor nada a ninguém." Enquanto, na realidade, toda opinião de mesa redonda é fruto de uma comoção, afecção causada por todo o regugito explicitado até o momento de se dar a opinião, não reflexo de humildade, como se fosse um argumento fundamentado, mas inocentado pela variável "pra mim é assim, pra ti pode não ser".
A opinião é diferente do palpite. Palpite é uma sugestão que pode ser, sem ofensas, ser negado. A opinião quando negada é ofensiva, pois nega-se junto o próprio sujeito falante, como se o passar mal dele não valesse; o esforço de tirar aquele mal-estar do corpo é invalidado por alguém que diagnostica, ou simplesmente aponta (sem necessariamente definir) que não se passa de hipocondria, vontade de chamar atenção, desejo adolescente de se mostrar sujeito de opinião (opinião nasce na adolescência, podendo se desenvolver como argumento ou não). A única forma de fundamentar uma opinião é domindando a oratória (um palpite deve ter referências empíricas, argumentos referiencial teórico), e somente pela habilidade de se falar bem é que se convence de que uma opinião vale mais que outra (porque na realidade opinião não tem valor, como dois vendedores, vendendo o mesmo produto, convence o consumidor de que, por algum motivo quase místico, se o produto for comprado com ele, vale mais). Esta é uma habilidade que se aprende defendendo-se dos pais, professores, tratando com muita gente, sendo obrigado a vender (oferecer) produtos (ideias) dos quais não se tem certeza do valor, como é caso de uma banda ruim, e que sabe que sua música é ruim, ou melhor, limitada. É importante também que a opinião tenha um único (ou ao menos, limitado) público alvo, e pra isso é deveras importante que a estética da opinião (opinião de direita, esquerda, anarquista, de artista, religoso, advogado moralista, advogado liberal, jornalista que denuncia, jornalista que critica, jornalista otimista, etc.) seja precisamente definida, limitada. Em uma análise simplória por vias marxistas podemos dizer que uma pessoa de opinião é presa à uma ideologia (sempre se está preso à uma ideologia), uma falsa consciência, e que toda sua opinião serve à uma classe em detrimento de outra (como um metaleiro que defende sua música em detrimento ao funk carioca); podemos ser mais naturalistas e dizer que é a opinião é forma de marcação territorial, e de esforço de preservação da sua espécie (novamente o mesmo exemplo do metaleiro querendo sobreviver tendo que destruir, e arrancar o território do funkeiro); podemos também ser interpretativos e dizer que essas opiniões são verdadeiras dependendo da visão de mundo, do "ser-no-mundo" de cada sujeito. Não importa, o que se deve salientar é que não existe, de fato, opinião melhor.
No entanto, discute-se nessas mesas redondas a fim de chegar a um consenso acerca de assuntos polêmicos (assuntos que geram combate, se considerarmos a etimologia da palavra "polêmica": Do grego πολεμικός (polemikós) (el), "relativo a guerra", de acordo com o Wikicionário), ou seja as opiniões contrárias são sempre espécie de tiros disparados em direção do outro. Quando finalmente se chega à conclusão sobre algum assunto, tem-se um minuto de silêncio por todos aqueles que morreram em guerra, e para que cada um possa rever seu mundo, suas ideias, e se preparar para pensar sobre o que será discutido a partir do que foi decidido. Pode acontecer de algum infeliz, que talvez estivesse de reserva, ou injuriado de outro combate, ou simplesmente ocupado com outras tarefas, que não pôde comparecer à mesa redonda anterior, lançar tiro contra um assunto que já havia sido assinado por todos, mesmo contrariados, no tratado pós-guerra, mas como se pode esperar de uma mesa redonda, o aspecto guerreiro das discussões fica apenas em âmbito metafórico, e um sujeito qualquer pode pegar aquele tiro, pode interromper aquela opinião afim de impedir que toda aquela antiga discussão polêmica se repita. No entanto isso desencadeia todo um mal-estar no sujeito negado (opinião negada, sujeito negado, doença invalidada, falsidade identificada, identidade adolescente abalada) o que agencia uma série de reações. Como se trata de um aspecto adolescente, tal qual é a opinião, a reação se faz por meio também adolescente: "Vai tomar no cu", poderiam dizer, justamente porque uma opinião não é fundamentada, e quando se argumenta (fundamenta) contra uma opinião, o sujeito contrariado sente-se raivoso, e dispara ofensas por se sentir ofendido (nada ofende mais um adolescente que ter sua opinião invalidada, porque isso é ter toda sua inédita identidade negada, e formação da identidade, dizem, é justamente o que define a adolescência).
Ainda assim, deve-se fazer um esforço para estar presente em mesas redondas, porque, por milagre ou por amadurecimento, pode aparecer assuntos interessantes, relevantes, bem fundamentados, que são passíveis de reflexão, como por exemplo este: um adulto contrariado manda outro tomar no cu. O que foi esse "tomar no cu"? O que se quer quando se manda um outro "tomar no cu"? O que significa para ele, e o que ele imagina que significa para o outro, "tomar no cu"? Talvez ele imaginasse ali ganhar respeito dos outros que já se sentiram contrariado, ou ao menos apoio deles. Talvez neste momento ele estivesse, de fato, desistindo de tentar argumentar, já que sua opinião - ele mesmo - havia sido contrariado. Disse ele que não era a primeira vez que tinha sido contrariado daquela maneira, ou seja: a quantidade importa. Claro, ele é um sujeito que se ofende, e a ofensa, como paixão triste que é, ocupa um espaço no sujeito, por isso quanto mais vezes ofendido, pior é a qualidade da ofensa, pois pesa cada vez mais no sujeito. Os argumentos contrariados não são ofendidos, porque é preciso que o contra-argumento seja bem fundamentado também, e quando fundamentado se torna real, então pouco importa quem tem razão, pois se sabe que cada um tem sua razão. Todo o esforço pra se manter, e impor, uma opinião, mostra um sujeito frágil (por isso cheio de escudos) e preconceituoso. O pré-conceito, como nos denuncia Nietzsche, é um pré-juízo: o que não entra em meus conceitos pré concebidos, não entra em meu mundo, por isso perco este "algo novo" que tenta entrar em meu mundo e me afetar, e por fim, como o perco, tenho prejuízo. Pessoas preconceituosas, por ter para si um mundo pequeno, se esforçam mais para encontrar quem possa fazer parte de seu mundo (por isso o esforço de uma banda de Hardcore de tocar com outra banda de Hardcore), pois assim gera-se uma ilusão de que o mundo aumenta pelo aumento do número de pessoas naquele mesmo mundo: mundo grande é mundo cheio de gente; mas para quem se evita ter preconceitos, percebe-se que um mundo é feito de muito mais que simplesmente gente, quem dirá por gente que tem um mundo igual (juntas duas pessoas que já moram na mesma casa não faz aumentar a casa, a família, a variedade genética, etc): o esforço de quem evita o preconceito é aumentar cada vez mais esse mundo, que é o próprio esforço de todo o conhecimento: conhecer cada vez mais. Por isso todo preconceituoso é ignorante (ignora e exclui o que não passa pelo critério de seus conceitos), e, enfim, imbecil.
Já diz o nome da banda: se não mais prestar, pode deixar morrer. Faz 20 anos que se esforçam pra sobreviver.
A opinião é diferente do palpite. Palpite é uma sugestão que pode ser, sem ofensas, ser negado. A opinião quando negada é ofensiva, pois nega-se junto o próprio sujeito falante, como se o passar mal dele não valesse; o esforço de tirar aquele mal-estar do corpo é invalidado por alguém que diagnostica, ou simplesmente aponta (sem necessariamente definir) que não se passa de hipocondria, vontade de chamar atenção, desejo adolescente de se mostrar sujeito de opinião (opinião nasce na adolescência, podendo se desenvolver como argumento ou não). A única forma de fundamentar uma opinião é domindando a oratória (um palpite deve ter referências empíricas, argumentos referiencial teórico), e somente pela habilidade de se falar bem é que se convence de que uma opinião vale mais que outra (porque na realidade opinião não tem valor, como dois vendedores, vendendo o mesmo produto, convence o consumidor de que, por algum motivo quase místico, se o produto for comprado com ele, vale mais). Esta é uma habilidade que se aprende defendendo-se dos pais, professores, tratando com muita gente, sendo obrigado a vender (oferecer) produtos (ideias) dos quais não se tem certeza do valor, como é caso de uma banda ruim, e que sabe que sua música é ruim, ou melhor, limitada. É importante também que a opinião tenha um único (ou ao menos, limitado) público alvo, e pra isso é deveras importante que a estética da opinião (opinião de direita, esquerda, anarquista, de artista, religoso, advogado moralista, advogado liberal, jornalista que denuncia, jornalista que critica, jornalista otimista, etc.) seja precisamente definida, limitada. Em uma análise simplória por vias marxistas podemos dizer que uma pessoa de opinião é presa à uma ideologia (sempre se está preso à uma ideologia), uma falsa consciência, e que toda sua opinião serve à uma classe em detrimento de outra (como um metaleiro que defende sua música em detrimento ao funk carioca); podemos ser mais naturalistas e dizer que é a opinião é forma de marcação territorial, e de esforço de preservação da sua espécie (novamente o mesmo exemplo do metaleiro querendo sobreviver tendo que destruir, e arrancar o território do funkeiro); podemos também ser interpretativos e dizer que essas opiniões são verdadeiras dependendo da visão de mundo, do "ser-no-mundo" de cada sujeito. Não importa, o que se deve salientar é que não existe, de fato, opinião melhor.
No entanto, discute-se nessas mesas redondas a fim de chegar a um consenso acerca de assuntos polêmicos (assuntos que geram combate, se considerarmos a etimologia da palavra "polêmica": Do grego πολεμικός (polemikós) (el), "relativo a guerra", de acordo com o Wikicionário), ou seja as opiniões contrárias são sempre espécie de tiros disparados em direção do outro. Quando finalmente se chega à conclusão sobre algum assunto, tem-se um minuto de silêncio por todos aqueles que morreram em guerra, e para que cada um possa rever seu mundo, suas ideias, e se preparar para pensar sobre o que será discutido a partir do que foi decidido. Pode acontecer de algum infeliz, que talvez estivesse de reserva, ou injuriado de outro combate, ou simplesmente ocupado com outras tarefas, que não pôde comparecer à mesa redonda anterior, lançar tiro contra um assunto que já havia sido assinado por todos, mesmo contrariados, no tratado pós-guerra, mas como se pode esperar de uma mesa redonda, o aspecto guerreiro das discussões fica apenas em âmbito metafórico, e um sujeito qualquer pode pegar aquele tiro, pode interromper aquela opinião afim de impedir que toda aquela antiga discussão polêmica se repita. No entanto isso desencadeia todo um mal-estar no sujeito negado (opinião negada, sujeito negado, doença invalidada, falsidade identificada, identidade adolescente abalada) o que agencia uma série de reações. Como se trata de um aspecto adolescente, tal qual é a opinião, a reação se faz por meio também adolescente: "Vai tomar no cu", poderiam dizer, justamente porque uma opinião não é fundamentada, e quando se argumenta (fundamenta) contra uma opinião, o sujeito contrariado sente-se raivoso, e dispara ofensas por se sentir ofendido (nada ofende mais um adolescente que ter sua opinião invalidada, porque isso é ter toda sua inédita identidade negada, e formação da identidade, dizem, é justamente o que define a adolescência).
Ainda assim, deve-se fazer um esforço para estar presente em mesas redondas, porque, por milagre ou por amadurecimento, pode aparecer assuntos interessantes, relevantes, bem fundamentados, que são passíveis de reflexão, como por exemplo este: um adulto contrariado manda outro tomar no cu. O que foi esse "tomar no cu"? O que se quer quando se manda um outro "tomar no cu"? O que significa para ele, e o que ele imagina que significa para o outro, "tomar no cu"? Talvez ele imaginasse ali ganhar respeito dos outros que já se sentiram contrariado, ou ao menos apoio deles. Talvez neste momento ele estivesse, de fato, desistindo de tentar argumentar, já que sua opinião - ele mesmo - havia sido contrariado. Disse ele que não era a primeira vez que tinha sido contrariado daquela maneira, ou seja: a quantidade importa. Claro, ele é um sujeito que se ofende, e a ofensa, como paixão triste que é, ocupa um espaço no sujeito, por isso quanto mais vezes ofendido, pior é a qualidade da ofensa, pois pesa cada vez mais no sujeito. Os argumentos contrariados não são ofendidos, porque é preciso que o contra-argumento seja bem fundamentado também, e quando fundamentado se torna real, então pouco importa quem tem razão, pois se sabe que cada um tem sua razão. Todo o esforço pra se manter, e impor, uma opinião, mostra um sujeito frágil (por isso cheio de escudos) e preconceituoso. O pré-conceito, como nos denuncia Nietzsche, é um pré-juízo: o que não entra em meus conceitos pré concebidos, não entra em meu mundo, por isso perco este "algo novo" que tenta entrar em meu mundo e me afetar, e por fim, como o perco, tenho prejuízo. Pessoas preconceituosas, por ter para si um mundo pequeno, se esforçam mais para encontrar quem possa fazer parte de seu mundo (por isso o esforço de uma banda de Hardcore de tocar com outra banda de Hardcore), pois assim gera-se uma ilusão de que o mundo aumenta pelo aumento do número de pessoas naquele mesmo mundo: mundo grande é mundo cheio de gente; mas para quem se evita ter preconceitos, percebe-se que um mundo é feito de muito mais que simplesmente gente, quem dirá por gente que tem um mundo igual (juntas duas pessoas que já moram na mesma casa não faz aumentar a casa, a família, a variedade genética, etc): o esforço de quem evita o preconceito é aumentar cada vez mais esse mundo, que é o próprio esforço de todo o conhecimento: conhecer cada vez mais. Por isso todo preconceituoso é ignorante (ignora e exclui o que não passa pelo critério de seus conceitos), e, enfim, imbecil.
Já diz o nome da banda: se não mais prestar, pode deixar morrer. Faz 20 anos que se esforçam pra sobreviver.
tanto faz
então, ela foi... nada mais aconteceu
como se o "nós dois" não morreu
viveu de alegria e tristeza da mesma maneira
que aqui, só menti e inventei o que sentir
assim, triste enfim não pensei mais em ti
e pensou em outros tantos
chorou outros prantos
e quem sabe pensou até em mim
tanto faz
quem já viu
tão gordo elefante
lendo john fante
pra mim
isso é tudo fantasia
tanto faz
pra onde ir
se torto ou elegante
bebendo espumante
sem mim
isso é tudo historinha
da princesa e do carinha
que acaba quando o amor começar
tanto faz
pra onde ir
se inevitável chegarmos ao fim
só então perceber
e pelo caminho andar a se perder
só chegar quando o amor acabar
só acabar quando o amor chegar
só amar quando o fim, enfim, chegar
como se o "nós dois" não morreu
viveu de alegria e tristeza da mesma maneira
que aqui, só menti e inventei o que sentir
assim, triste enfim não pensei mais em ti
e pensou em outros tantos
chorou outros prantos
e quem sabe pensou até em mim
tanto faz
quem já viu
tão gordo elefante
lendo john fante
pra mim
isso é tudo fantasia
tanto faz
pra onde ir
se torto ou elegante
bebendo espumante
sem mim
isso é tudo historinha
da princesa e do carinha
que acaba quando o amor começar
tanto faz
pra onde ir
se inevitável chegarmos ao fim
só então perceber
e pelo caminho andar a se perder
só chegar quando o amor acabar
só acabar quando o amor chegar
só amar quando o fim, enfim, chegar
é muito bom falar com gente que acha que sabe
porque se percebe o limite de um saber
e o infinito de não se saber sobre nada
e divagar sobre tudo
porque se percebe o limite de um saber
e o infinito de não se saber sobre nada
e divagar sobre tudo
por um instante muito longo
não sei quem estava aqui
que cantava tão bem
uma música tão bonita e forte
não entendia uma só palavra
como em uma língua primitva
como em uma forma clássica
como em um nacionalismo moderno
como em uma anarquia contemporânea
(nunca uma anarquia fascista que diz "ser anarquista é ser como eu")
quando, enfim, fui perguntar seu nome
ele sumiu
assim que percebi que o percebera
neste instante seguinte
ele nunca mais existiu
era justamente
outrem fugindo de mim
não sei quem estava aqui
que cantava tão bem
uma música tão bonita e forte
não entendia uma só palavra
como em uma língua primitva
como em uma forma clássica
como em um nacionalismo moderno
como em uma anarquia contemporânea
(nunca uma anarquia fascista que diz "ser anarquista é ser como eu")
quando, enfim, fui perguntar seu nome
ele sumiu
assim que percebi que o percebera
neste instante seguinte
ele nunca mais existiu
era justamente
outrem fugindo de mim
o prato do dia
é sofia
com filó
é sofia
com filó
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