Diário mais querido!

simples, simplezinha
estrela pequenina
som sem peso,
sem medo de ser
palavra sem máscara

Devagar a lua sorri
à noite que cobre
os resquícios de um domingo amoroso

Terei sonhos de anis
abençoados filosoficamente,
de poesia e mitologia
e da paz da ciência

Os ventos sopraram-na ao ritornello
em movimento, eterno vir a ser
tristes alegrias (felicidades a legres)

Dentro de ti

Úmida, mastigar-te os braços, babar
meus seios em ti
esporro pra dentro de fora
de ti.

ô, gatinha
não gosta de melzinho?
é feito por abelinha
que é bichinho
como eu e você
minha raça que é estranha
e inventa cada comida
que nem serve pra comer

amar cura
amar gura

deixa a criançada brincar
fazer rock in rio em lisboa
fazer das raízes pés
dos pés de patos
se afundar em rios podres
manguezais férteis
cu da mãe gaia

sabe o que acontece
como bom e velho
tanto amadurece, apodrece

pobre meu roque
foi embranquecendo e desbotou
passamos kiboa em tudo
agora nos resta deixar de molho
em tonalizante de tudo o que é cor
trocar de tom
de preto pra lá
de branco pra dó
e fazer um novo balanço
nórdico nipônico afro ascendente latino améri keano rivotrio.