Resposta ao artigo da Veja sobre o Partido Pirata
"Na verdade, mais que uma moção: recentemente, o partido foi acusado de não ter punido integrantes que demonstraram simpatia por ideias nazistas, tornando turbulenta a imagem do grupo na Europa. Como se vê, querer ser contra tudo e contra todos, ao mesmo tempo que se quer agradar a todos, é algo inconciliável na política."
Não surpreende como a Veja, imprensa de direita, acha inconcebível qualquer noção de anarquia nas relações pessoais. Por anarquia nas relações refiro-me justamente ao respeito e consideração das opiniões contrárias e contraditórias. Enquanto o ser humano poder pensar, criticar e criar, haverá contradições, e só com ela a evolução. Mas ainda assim, não é caso do Partido Pirata ser contra tudo e todos, nem querer agradar a todos (não é um simples embate dual, mas a fusão de um universo de pensamentos, do pensamento da própria humanidade. Humanidade esta que não é o imperialismo Capitalista dos EUA, nem o comunismo Cubano ou Chinês, nem mesmo relações primitivas tribais, mas tudo isso ao mesmo tempo, e ainda mais alguma coisa que talvez não tenha sido inventada ainda). Mas, como já disse o compositor Riachão: cada macaco no seu galho. Ainda pergunto, quem mais simpatiza com ideias nazistas? Pessoas que impõem sua opinião sobre aborto, sobre casamento gay, sobre como se deve seguir com política, sobre como homens não podem usar saias e maquiagem, e como mulheres não podem mostrar seios no Facebook: todos aqueles que acreditam que o mundo seria melhor, se todo mundo pensasse da mesma forma. O que acontece quando admitimos que pensamos completamente diferente uns dos outros? Não se sabe.
"Como autores, artistas, músicos e desenvolvedores de softwares poderiam sobreviver, completamente desprotegidos das cópias ilegais, os piratas não explicam. "
Da mesma forma como nenhum cidadão jamais pagou 1 centavo pra ouvir uma música na rádio ou na TV: ISRC, patrocínio e outras estratégias de arrecadamento que não cobre do consumidor, mas de quem ganha (dinheiro) com isso, como as rádios, a internet, os programas de computador, os sistemas operacionais, e sites de divulgação de música, e outras obras artísticas. Nunca um compositor, artista, fez sua renda da venda de CDs, mas sim da execução fiscalizada - seja em shows, na rádio, programa de televisão, e por que não nas execuções de Winamp, Windows Media Player, MySpace, SoundCloud? Existem grandes servidores e bibliotecas musicais - Gracenote, Last.fm - que os próprios usuários administram - como o Wikipedia - que poderiam ser fiscalizados para tornar essa 'pirataria' algo rendável aos artistas - aos artistas, não às empresas e gravadoras. Pagar pra consumir arte é algo tão esquisito quanto cobrar por ar ou água (e se faz isso).
A intelectualidade, produção artística, e o público (a formação de público) só tem a ganhar com uma livre troca de obras. Como o Pirate Bay observou com muita alegria quando disse em seu manifesto que há quase 100 anos atrás, na época da fundação de Hollywood "(...) não havia direitos autorais, por isso os estúdios poderiam copiar velhas histórias e fazer filmes fora delas – como Fantasia, um dos maiores sucessos da Disney."
Referências
Veja: Afinal, o que quer o Partido Pirata?
Manifesto do Pirate Bay
The Temporary Autonomous Zone, Ontological Anarchy, Poetic Terrorism
TAZ Wiki
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Veja: Afinal, o que quer o Partido Pirata?
Manifesto do Pirate Bay
The Temporary Autonomous Zone, Ontological Anarchy, Poetic Terrorism
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1 comentários:
Lendo a matéria tive a impressão principalmente pelo título que eles quiseram passar uma imagem de que as ideias são por demais irrealistas e algo de "alemão". Só que eles sequer citaram as principais propostas dos partidos piratas que envolvem reformas dos direitos autorais e patentes, e a defesa da privacidade. De fato eles escreveram apenas algo parcial, sem muito foco no que é importante.
Meu blog é:
http://zonainospita.blogspot.com
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