União dos vegetais
Caia, Kaia sereno
Aki dentro não cai não
Nos unimos pela linguagem
- como os vegetal pela água e fogo -
Ela é força e luz
Como chacrona
e mariri, é mariri?
entra em nós
feito arroz, feijão
maconha e pão
Tudo nos une ao um
Porque, claro, tudo é
um só
Mas para sentir
o sereno cair
temos que sair
daqui
O que será que eu vomitei?
Desde quando
e onde estava
aquilo que saiu?
Quisera eu
vomitar todo o álcool
toda tolice que se instalou
em mim
Mas de onde saiu
o que saiu?
Tomara que não tenha saído o amor
Nem o feijão de minha vó:
amor.
Luz todo mundo oferece:
o sol, a lâmpada,
a TV, a cachaça,
Jesus, o vagalume
Luz é só receber
e iluminar
(pouco sabe o iluminado
que catequista o obscurecido, chamando-lhe obscurecido,
que só se ilumina o escuro).
Luz, Paz, Amor
Diz o mestre:
Moral, espiritual, intelectual
Uma multidão
sentada, chapada
é Deus
A chuva
que nos chama de volta
à casa
é Deus
A música gravada
O cântico, chamada, livre
A gestalt nos pés
é Deus
As coisas de Deus
são simples
como o sereno?
Como o sereno
de café da manhã
lambo-o de cima dos carros
que impedem meu sereno
- sereno de Deus -
de chegar ao chão
Grau de memória
Cientificação
Ouvir o som dos grilos
O canto do bebê que chora
Mas se abafa pelos ladrilhos
Cumprir nossos deveres
Cumprimentar nossos devires
Aceitar que existe um mundo superior
Eis a função da religião
no tripé junto à família, e ao trabalho
Porém, não eis também
a função, essa, mesma da chuva?
A metáfora é tão perfeita
(como se houvesse grau de perfeição
Há?)
Que vem de supra
de cima, a chuva
é sempre superior
Poder-se-ia falar da lava
que é superior
e é Deus
mas vem de baixo
(metáfora menos perfeita
Há?)
- e aqui não há
vulcões -
O perdão
é a força do sim
que salva o erro
do não
O que é não
já morreu
Eis que se vem
a ressurreição
Nós nos perdoamos a nós mesmos
e nascemos, sim, de novo
Tem vezes que tenho a impressão
de que me conheço tão bem
que já deveria estar morto
Perdoe-me discordar
mas para conhecer os
Encantos divinos
na padaria, sim senhor
O mestre nos abre aos encantos
da natureza divina
O mestre é o chá
- Deus -
A união dos vegetais
Chacrona, mariri
Manteiga, sopa
Torrada, geleia
Homem, mulher
Mulher, mulher
União dos vegetais
A palavra tem peso
onde os encantos
são potentes - e
sempre o são
O homem que é são
e fala, fala fala fala
Pra mostrar o falo
Tome cuidado, pois que toda palavra
e suas infinitas combinações
lançadas ao mundo
perfuram feito lanças
todos a que alcança
como a uma criança
Que nossas limitações
sirvam de concretude
entre os pensamentos abstratos
sirvam de modelos de muralha
Para criarmos ferramentas
que as destruam
e aumente un poquito
pero solo un poquito
y por un rato
nuestros orizontes
Sem limites, sem as paredes
estamos simplesmente perdidos
Porém, não construamos labirintos
Pois que nem mesmo o minotauro
Em seu centro
- objetivo do labirinto:
matá-lo -
nem mesmo o minotauro
é feliz ali
O minotauro tem duas alegrias
viver, ou morrer
O que mais fazemos nessa vida
Mais que amar, mais que comer
Mais que foder e falar
O que mais fazemos nessa vida?
Respirar. Nossa única essência.
Mestre, me diz:
qual a importância de respirar
bem?
Aprender: prender o a?
Ou soltar e negar o que está preso?
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