Ela tem um peito maior que o outro.


Faia tempo que eu não saía. Ontem eu saí, mas não faria diferença se eu tivesse ficado em casa. Ah, desculpa, minha companhia, mas você estava acompanhada, eu acabei ficando sozinha no meio daquela multidão desconhecida. Ene é multidão desconhecida em um lugar que eu achava conhecer muito bem.
Tiraram aquele "banquinho" do lado do palco. Eu lembro muito bem, da outra vez que tentasse destruir meu coração, durante "Helter Skelter" eu me levanto, aponto pra ti e canto: "You may be a lover, but you ain't no dancer", e tu olhava de volta com cara de quem tava gostando. Primeira vez que tu saía com o cabelo curto. Prieira vez que tu saía com decote, mas tu não era minha. Eu precisava marcar território, ter aquela beldade mais sensual que nunca.
As lembranças me torturavam de uma forma que... argh! Eu sempre gostei de saudade, mas agora eu não sei por quê.
Eu nem quero ficar com ninguém, me diverte até a idéia de que agora eu posso ficar com quem eu quiser. Antigas paixões, antigas paqueras, garotas bonitas que conheci estando contigo... é legal poder olhar pra elas e poder pensar "besteira". Mas eu sou muito antiquado, eu também poderia ficar com todas elas. Quer dizer, poderia tentar ficar com todas elas, mas neu não consigo. Além de não saber mais como chegar em uma menina, essa idéia de beijar por beijar várias garotas... sei lá, não me agrada. Ainda não entendi a graça.
Eu quero aquela segurança, aquele carinho. Aquele beijo com gosto de "te amo", e não com gosto de "quero te comer". Aquele sexo com cheiro de amor, e não com cheiro de única vez.
Eu te quero.
É isso, eu quero você.
Perto, longe, na puta que pariu, eu te quero. Como tu pode não me querer também?
Caminhar pelo Bom Abrigo sem ter com quem conversar, pegar a mão, beijar, abraçar.... tu era a única pessoa que eu abraçava, cara. Antes de ti, eu nem sentia falta, eu nem sabia o que era abraço. Mas agora... Dá vontade de te odiar por isso.