- E ae... tudo bem?
- Não tudo, mas bem. E contigo?
- Tudo bem, sim!
- Gostando da faculdade?
- Nossa, adorando! É meio cansativa, mas vale a pena! Até porque é festa toda semana, né? E tu, como anda os estudos?
- Também tou gostando bastante! Mas aquela coisa... muita texto pra ler, redigir, coisa e tal. E como andam os bofes?
- Ah, eu tava ficando com aquele menino lá, mas não deu certo, sabe? Até porque eu não quero nada sério agora, tu sabe como é, né?
- Haha! Claro, claro.
- E como anda a mulhererada? Muitas?
- Nossa...! Tu não faz idéia de quantas gurias eu fiquei nesse tempo, é até surpreedente.
- Caramba... tu não era assim! Mas fala, quantas?
- Nenhuma.

Todo seu carinho foi dedicado a uma única pessoa por tanto tempo. Toda sua atenção, afeição, olhar, toques, vontades, todo ele.
Os planos... Ah! Como tinha planos!
Imaginava ele que iam casar-se logo - em 4 ou 5 anos. Já tinha tudo em mente de como ia conseguir o dinheiro pro noivado, pro casamento, pra compra da kitnet, tudo. Agora seus anos seguintes estavam vazios. Para suprir esse vazio ele pensava em fazer um intercâmbio, ou coisa do tipo, até para fugir desse mundo poluído de saudades que não viravam nostalgia nunca! Tudo que ele olhava, cheirava, comia, lembrava sua amada ingrata. Sua cama, que nem precisa de descrição; CDs - todas as músicas que aprenderam a gostar juntos, que um ensinou o outro a gostar, que fizeram trilha para tanto amor!; televisão - nenhum dos dois gostava, mas quando assistiam eram os mesmo programas, muitos que aprenderam a gostar juntos; video game - os jogos que ela não gostava de jogar gostava de o assistir jogar, e como ele dorava isso!; cozinha - miojos, polentas, bifes no grill; banheiro - aquele banho que não deu certo; a rua - onde voltaram a namorar da outra vez que essa estúpida garota decidiu largá-lo. Sem falar no resto da cidade, isso tudo citado era só ali na vizinhança, dentro do condomínio dele.
Será que ela vem visitar? Ela disse que sim, mas aqui é tão chato! Ma seria educado visitar sua família e seus amigos.

- Diga que não sentiu falta nenhuma de mim.
- Ah... nenhuma, não. Porra, tu foi uma temporada muito grande e muito importante na minha vida! Mas não foi falta que eu senti, foi prazer em lembrar das coisas boas que vivemos, no entanto agora estou numa nova fase, é tudo novo pra mim, e tu... é velho.

Ele tentou conhecer outras garotas, mas ou elas não discutiam com ele, ou eram drogadas, muito altas, muito novas, muito chatas, muito não quem ele queria. Houve uma moça muito, muito alegre que o fez refletir.
"Ela só tem alegria, quem a conquitar não terá alegria, e sim compartilhará a alegria dela. Eu tinha alegria, a alegria em pessoa. Além de ela ter alegria, como qualquer outra pessoa, ela era alegria! Agora eu já não tenho mais... ela era a minha alegria. Talvez eu tenha errado nisso, me dediquei somente em regar a alegria encarnada e esqueci de compartilhar alegria com outras pessoas, agora é difícil sentir alegria - difícil mas não impossível."

Nada de se procupar com o futuro ou sofrer com o passado, o que tem que ser feito agora, ele sabe, é dar valor ao presente. O passado já, foi, não há o que fazer com o que já não é mais. O futuro não se tem, só se quer, e querer faz sofrer. Mas o presente, não. O presente não faz mal, só bem, porque é a única coisa que qualquer um tem! Niguém tem, nem é, nada além do que o presente. Então ele vai dar valor a tudo o que é agora, e parar de pensar em amanhã. Ele tem certeza de que vaid ar tudo certo, é um rapaz bom! Não há razão pra lei do carma agir sobre ele dando-lhe coisas ruins. Ele sabe que o futuro e o fim serão bons. Não tem porque ser diferente. Não tem... não tem!

"Mas é tão chato assistir filmes sem ti."

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Ceyron Louis

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