outra declaração desamorosa.

eu vou ficar muito tempo sozinho ainda.
preciso me aceitar melhor: perceber que sou bom, no que sou bom, o quanto sou bom, e me garantir, mostrar mesmo, aparecer: ser.
já percebo quem não me serve: chega a me cansar; perco o tesão. quero ideias, mundos, intensidades, relação; não quero futilidades, futilidades, máscaras, padrões previsíveis.
quero uma moça que questione o que acredita como verdade: eu queria uma companhia pra levar a sério os absurdos.
o amor é absurdo.
parece - clichê de um sujeito desencantado - que nunca mais vou conseguir me interessar por ninguém como me interessei por ti: aliás, não acredito existir por aqui perto de mim alguém metade do interessante que tu é: linda, inteligente, engraçada, carinhosa, interessada, desconfiada.
eu perdi todos os meus amores; um por um, e todas as oportunidades: pensei que não merecia; achei que eu era menos, que ela era legal demais, ou bonita demais; mas eu o sou, e só consigo me fazer percebido quando, finalmente, tiro a boceta do pedestal e trago a mulher, a companhia, a aliada, a alegria, enfim, o amor pro meu lado.

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Ceyron Louis

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