Coqueiro sem coco, sol sem calor, chuva sem se precipitar demais.
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Com o mesmo instrumento utilizado pra decepar os discordantes do império |
Dentro do carro em direção à praia, sob o ar(tifical) condicionado. Cruza Coqueiros inteiro, depois a avenida Beiramar inteira; pensa: ñ vejo a hora de chegar na praia!
Ñ fossem os valores completamente corrompidos, a noia atrás de grana epropriedade, Floripa seria toda uma praia gigante - mas ñ, hj é um grande estacionamento cercado de um depósito oceânico de excreções.
No condomínio onde moro, cujo nome fantasia homenageia meu avô e poeta mestre Zininho, cortaram algumas árvores que fazia divisa com o muro vizinho, me disseram q vão plantar palmeiras, essas árvores q têm por toda Beiramar e por todo Coqueiros, mas ñ dá coco nem sombra. Aliás, planta importada que também serve para enfeitar o interior do shopping flutuante sobre o mangue Iguatemi, a fim de parecer Miami afim de parecer algo caribenho.
Tá calor demais, e tá uma delícia. O Sol sabe o quanto esquentar quando, no eterno, giro a Terra se inclina e pede calor estável nalgum hemisfério; o Sol é inevitável, nosso solo de concreto e bueiro é que ñ o sabe receber. É como quando reclamam de chuva em excesso, e dizem ser esse o problema de cidades inundadas (ñ me surpreenderia que, como faz com os fenômenos psicológicos, a ciência invente de evitar o fenômeno em si, invente de tentar fazer ñ chover) e ñ na estrutura q compõe e mantém o problema: o mal planejamento de pedra e pedra e pedra urbana sem ter onde a precipitação realizar seu desejo de ser absorvida.
Eu moro a cem metros da praia, mas parece que morro a cem anos luz dela.
Imagem Green Power.
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